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quarta-feira, fevereiro 02, 2011

A ASSEMBLÉIA DE DEUS SOB A ÓTICA DO SOCIÓLOGO PAUL FRESTON

Por Cristiano Santana

Estou lendo atualmente a célebre tese de doutorado do sociólogo evangélico Paul Freston, apresentada, em 1993, ao Departamento de Ciências Sociais do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, cujo título é "Protestantes e Política no Brasil: Da Constituinte ao Impeachment."

Na verdade essa tese é um livro extenso de 308 páginas. Para quem quer se aprofundar no estudo da história do protestantismo brasileiro é uma excelente obra.

Segue abaixo alguns trechos que ele escreve sobre a Assembléia de Deus:


"A nacionalização ocorreu quando a igreja ainda era muito nortista/nordestina, o que contribuiu para sedimentar uma característica que subsiste até hoje. Na sala de espera do gabinente pastoral da Igreja de São Cristóvão, Rio de Janeiro, há retratos de todos os pastores-presidentes da igreja desde a fundação. Até certo momento, as fisionomias são nórdicas; depois, são típicas do Norte e Nordeste brasileiros. Uma proporção alta da cúpula nacional é de nordestinos, geralmente de origem rural. A mentalidade da AD carrega as marcas dessa dupla origem: da experiência sueca das primeiras décadas do século, de marginalização cultural; e da sociedade patriarcal e pré-industrial do Norte/Nordeste dos anos 30 a 60."


"A influência americana se faz sentir principalmente na educação teológica. Os suecos admitiam apenas o modelo de Pethrus, de escolas bíblicas de poucas semanas. Acima de tudo, resistiam à vinculação do pastorado com a formação teológica. A tentativa de um americano de implantar um seminário em 1948 naufragou na resistência de suecos e brasileiros" (Brenda 1984:119).


"O sistema de governo da AD é oligárquico (governado por poucas pessoas) e caudilhesco (aspecto militar) . Surgiu para facilitar o controle pelos missionários e foi reforçado pelo coronelismo nordestino. A AD, na realidade, é uma complexa teia de redes compostas de igrejas-mães e igrejas e congregações dependentes. Cada rede não habita necessariamente uma área geográfica contígua, o que dá margem a controvérsias sobre "invasão de campo". O pastor-presidente da rede é, efetivamente, um bispo, com grande concentração de poder. É escolhido por voto unânime do "ministério", um corpo composto de pastores, evangelistas e presbíteros. "Embora aconselhado pelo ministério, o pastor-presidente permanece a fonte última de autoridade em tudo... assim como o patrão da sociedade tradicional que, mesmo cercado de conselheiros, maneja sozinho o poder" (Hoffnagel 1978:78).


"A Convenção Geral, órgão máximo da denominação, na realidade é um centro fraco. Há 47 convenções estaduais e ministérios filiados (muitos Estados tem mais de uma' convenção, devido a desentendimentos históricos). A Convenção Geral não tem poderes para demitir ou nomear pastores, nem poder legal sobre as convenções estaduais. Isso a deixa exposta financeiramente".


"Tradicionalmente, um homem chega a ser pastor vencendo uma série de estágios de aprendizado: auxiliar, diácono, presbítero, evangelista, pastor. Embora haja elementos clericais no sistema (ritos reservados aos pastores), não há abismo entre clero e laicato. O pastor é apenas aquele que chegou ao topo da escada, mas não se distancia do membro comum por uma formação especializada. A escada de aprendizado é forte meio de controle social nas mãos dos pastores-presidentes. A subida costuma ser lenta. Os pastorados geralmente são curtos até chegar a pastor-presidente; estes ficam 20 ou 30 anos. Não é difícil imaginar o estilo de atuação nesses casos: a familiaridade patriarcal com os mínimos detalhes; a organização burocrática antiquada, pois a modernização levaria a uma perda de controle; o formalismo no trato".


"Esse modelo, que deixa espaço para iniciativa leiga na expansão mas não no governo da igreja, produz as tensões típicas do caudilhismo, como as cartas anônimas contra os caciques, as acusações de gerontocracia, e os cismas. É um modelo cada vez mais fora de sintonia com a moderna sociedade urbana. Há sinais de esvaziamento, e a renovação parece lenta demais para impedir que a AD entre numa fase conturbada."


"O modelo caudilhista é desafiado cada vez mais por alguns pastores jovens que são produtos, não da escada de aprendizado prático, mas da rota alternativa de uma formação teológica em seminário, levando ao pastorado com vinte e poucos anos de idade. O primeiro seminário é de 1959, fundado contra muita oposição. Hoje, há uns 50 institutos bíblicos, inclusive quatro seminários internos. Em 1978, a Convenção Geral instituiu a obrigatoriedade (não retroativa) de curso bíblico para o pastorado. Houve, então, uma proliferação de institutos bíblicos, para impedir que os seminários internos ditassem o futuro da igreja".


"Se a educação teológica já foi aceita em tese, os efeitos ainda não se fizeram sentir em larga escala. Para os formados dos seminários, não há garantia de emprego na igreja. Se esta via se tornasse mais aceita, teria um efeito sobre a postura política da AD, pois incentivaria o surgimento de um clero jovem e crítico com uma teologia política mais sofisticada. Segundo um seminarista, a maioria dos estudantes teria votado em Lula para presidente, apesar da campanha que a cúpula fez contra ele".


"A AD, atualmente, enfrenta crises de vários tipos, resultantes do seu modelo, da ascensão social e da concorrência com novos grupos pentecostais".


"A AD é a igreja que mais cultiva o que Weber chama de "intelectualismo pequeno-burguês", na tradição dos judeus, puritanos e intelectuais proletários socialistas e anarquistas (1974:404-406). A produção literária do pentecostalismo brasileiro deve ser bem maior do que a de outros segmentos da mesma classe. De uns 170 títulos no catálogo da CPAD, 140 são de autores nacionais".


"A AD tem passado por um processo de ascensão social. Há preocupação com a respeitabilidade social e êxito educacional e profissional. A AD quer se distanciar de grupos como a Universal do Reino de Deus. Os cultos se tornam mais comedidos, principalmente nas igrejas-sedes para onde gravitam as pessoas em ascensão e onde os membros humildes das congregações de bairro já não se sentem à vontade. As características da igreja que se consideravam virtudes no passado (inclusive o apoliticismo), já são vistas por outra ótica. Exemplifica-se o paradoxo da seita conversionisía: tendo prometido mobilidade social para seus fiéis depois da morte, acaba providenciando-a nesta vida (Wilson 1970:236). Aí, a própria seita muda. Os membros bem-sucedidos ou deixam-na ou a remodelam segundo sua nova posição social (Hill 1973:65). O desejo de respeitabilidade, anátema para os fundadores, agora justifica-se estrategicamente: o pobre se entrega mais a Deus quando vê o rico se entregando" (Brandão 1986:262)


"Um dos sinais da passagem para "igreja erudita" é a preocupação com a história (Ibid:213). Até 1980 havia somente uma história da AD (Conde 1960). Depois, publica-se uma série de histórias e biografias, movidas "pela necessidade de conhecermos nossa história... [e inclui-la] nos currículos" (Vasconcelos 1983:7).


"Outro sinal de institucionalização e que tem influência direta sobre o esforço político pós-1986 é a re-estruturação da Convenção Geral em moldes mais burocráticos em 1979, o que permitiu que se encorajasse as convenções estaduais, muitas das quais tinham existência precária, a fazerem o mesmo. Essa maior burocratização foi, provavelmente, indispensável para o sucesso das candidaturas coordenadas à Constituinte."


"Hoje, a AD parece uma enorme banheira com profundas rachaduras e água saindo de cima pelo "ladrão". Ficou muito diversificada socialmente para continuar como estava, mas hesita entre opções contraditórias. Já tem todas as classes, desde empresários de porte razoável até mendigos. Há uma tensão entre o desejo de aderir explicitamente a valores burgueses, e a tradição assembleiana de um certo populismo religioso que gloria-se na escolha dos humildes por parte de Deus. Mas a nova geração de homens de negócios rejeita não só os elementos disfuncionais do moralismo restritivo mas também a tendência de idealizar teologicamente a pessoa "humilde". Isso causa uma perda de atratividade "em baixo".



Texto extraído do blog: http://cristisantana.blogspot.com/2009/06/assembleia-de-deus-sob-otica-do.html . Fez-se alteração quanto aos grifos.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Teocracia socialista: a tirania em nome da compaixão

Usando o Estado para impor sobre a sociedade um modelo pervertido da igreja primitiva judaica

Julio Severo

“Usar o modelo apostólico de administração de igreja para sustentar um sistema de governo que rouba em nome da compaixão é uma perversão da missão da igreja e da missão do Estado”.
Um apelo dramático à compaixão, principalmente pelos pobres, conquista infalivelmente a maioria dos corações. Se esse apelo não funcionasse, o nazismo e o comunismo jamais teriam feito tanto sucesso. Até mesmo o diabo, sem precisar se disfarçar de anjo de luz, pode hoje ser muito bem recebido em qualquer lugar se simplesmente alegar: Vim aqui ajudar os pobres!
Enquanto o nazismo naufragou em sua própria loucura, com renovados e inovados apelos o comunismo e suas várias metamorfoses estão conseguindo fazer suas loucuras sobreviverem — até hoje.
Um desses apelos inovados, feito especialmente para cativar populações nominalmente cristãs, diz que o socialismo começou no Novo Testamento.

Das profundezas da Grécia antiga

Na verdade, historicamente, a primeira proposta genuinamente socialista (ou comunista, dependendo da mega-variedade de rótulos que os marxistas usam para se encobrir) apareceu na obra A República, escrita pelo filósofo grego Platão, que viveu 400 anos antes de Cristo.
O plano de Platão para uma sociedade ideal era bem simples: Todos os homens e mulheres deveriam ter ocupações no mercado de trabalho. A propriedade privada deveria ser abolida, isto é, ninguém deveria ter casa própria nem propriedade. Dentro desse conceito, Platão queria que também as esposas fossem abolidas como “propriedade” privada do marido e que os filhos fossem abolidos como “propriedade” privada das famílias. As esposas estariam assim submetidas, como mulheres livres do casamento, a todas as vontades do Estado. E todas as crianças pertenceriam ao Estado.
Assim, em vez de pertencer a um só homem, as mulheres estariam “livres”, disponíveis para todos os homens. Em vez de criar em seu próprio lar seus próprios filhos, a mulher estaria “livre” para trabalhar a vida inteira no mercado de trabalho, fazer sexo com qualquer homem e todas as crianças concebidas seriam criadas pelo Estado.
Como um visionário, Platão viu muitíssimos séculos antes, a sociedade feminista e socialista “ideal”, onde a “igualdade” entre homens e mulheres reinaria de forma absoluta, dando às mulheres total liberdade de ocupar todas as funções masculinas, inclusive de soldados e policiais. O único problema que Platão via era a gravidez, que atrapalharia a mulher de ter a mesma liberdade que o homem tem de atuar em diversas profissões, sem as “interferências” previsíveis da natureza.
Muitos séculos mais tarde, os seguidores de Marx ressuscitariam as mesmas ideias de Platão, embora com muita cautela diante de ouvidos cristãos ou moralistas. Entretanto, invariavelmente as políticas socialistas acabam trazendo como consequência a desmoralização social, onde o casamento perde sua sacralidade e o sexo sem compromisso e sem casamento se tornam sagrados. Coincidência ou não, nas mais modernas sociedades socialistas, cada vez mais todas as crianças são “responsabilidade” de todos — eufemismo para a posse estatal — e todas as mulheres são de todos os homens. Falta muito pouco para a família e o casamento serem completamente abolidos como “maldita herança patriarcal”.
Mesmo com todas as suas propostas originais e resultados tão patentemente antifamília, o apelo religioso dos marxistas funciona. Cuidadosamente acobertando as ideias socialistas de Platão de 400 anos antes de Cristo, eles insistem em dizer: “O socialismo nasceu na igreja primitiva!”

O que ocorreu nas igrejas primitivas judaicas?

O que foi que aconteceu na igreja primitiva? Os 12 apóstolos tiveram a ideia de aplicar, exclusivamente nas igrejas judaicas, uma norma onde todos os membros deveriam entregar suas propriedades e outros bens aos apóstolos, para que esses recursos fossem administrados pela igreja.
Muito diferente da proposta de Platão e do próprio marxismo, que colocam o Estado no centro da administração e controle, a proposta dos apóstolos colocava a própria igreja no centro da administração e controle.
Muito diferente das ideias de Platão, que aboliam o lar e colocavam todas as mulheres no mercado de trabalho, a proposta dos apóstolos não destruiu o papel das esposas como trabalhadoras no lar. Nesse sentido, o modelo da igreja primitiva não tem nada a ver com o marxismo, que tira a mulher do lar, dando-lhe valor apenas no mercado de trabalho.
Muito diferente das ideias de Platão, que viam a gravidez como uma “interferência” da natureza contra a liberdade do Estado para a mulher ocupar todas as funções masculinas, na igreja toda gravidez era celebrada como manifestação da bênção de Deus. Nesse sentido, o modelo da igreja primitiva não tem nada a ver com o marxismo, cujas políticas entopem as mulheres de contracepção e cuja obsessão pró-aborto se transformou em assassina insanidade ideológica. Aborto e contracepção não eram preocupações dos apóstolos, nem faziam parte de sua igreja.
Muito diferente da proposta de Platão, que queria todas as crianças sob controle estatal o mais cedo possível, a proposta dos apóstolos não tirou as crianças da esfera de suas famílias. Nesse sentido, o modelo da igreja primitiva também não tem nada a ver com o marxismo, que tira as crianças do lar e da autoridade dos pais a fim de doutriná-las na religião marxista.
A meta das ideias de Platão e da ideologia socialista é impor sobre toda a sociedade uma política de nivelamento, onde o controle do Estado é absoluto sobre todos na área econômica, moral, sexual, legal, etc.

As igrejas europeias de Paulo eram diferentes da igreja de Jerusalém

A meta dos 12 apóstolos nunca foi impor sobre todas as igrejas seu modelo — e muito menos impor sobre a sociedade por meio do Estado, como tipicamente fazem os adeptos da Teologia da Libertação. Pelo contrário, havia liberdade para todas as igrejas.
Enquanto a igreja de Jerusalém, comandada por 12 apóstolos, estabelecia a entrega de todos os bens, as igrejas europeias do Apóstolo Paulo seguiam uma direção muito diferente. Paulo queria todos trabalhando independentemente e cuidando de seu próprio sustento. Nada de vida comunal e entrega de todos os bens a Paulo.
Paulo tinha total liberdade de agir diferente, pois na Bíblia não havia nenhum mandamento ordenando que os seguidores de Jesus são obrigados a depositar tudo aos pés dos apóstolos. Ele simplesmente viu tal medida como uma orientação dos apóstolos de Jerusalém que, conforme o próprio Paulo dizia, não eram perfeitos. (Confira Gálatas 2.)
A grande vantagem de ser diferente para Paulo foi que, quando uma crise internacional de fome atingiu o Império Romano inteiro — inclusive as igrejas de Paulo e as igrejas dos 12 apóstolos em Jerusalém —, as igrejas dos 12 apóstolos na Judéia e Jerusalém começaram a passar fome, enquanto que as igrejas de Paulo na Europa, atingidas pela mesma fome, não só conseguiram ter forças durante a crise como também mandaram ajuda para as igrejas dos 12 apóstolos.

Usando o Estado para impor sobre a sociedade um pervertido modelo apostólico de igreja?

Embora os marxistas e seus aliados de rótulo cristão aleguem que o marxismo nasceu na igreja primitiva, nenhum modelo comunista, marxista ou socialista colocou apóstolos na liderança suprema do governo. Eles só colocaram ditadores sanguinários. Esse modelo também violou sistematicamente a integridade da família, ao pressionar as esposas a entrar no mercado de trabalho e ao impor leis que obrigam as crianças a ficar sob controle estatal através das escolas.
Com genuínos apóstolos no governo, um sistema baseado na igreja primitiva jamais cometeria tais abusos. Um sistema baseado no modelo da igreja primitiva teria apóstolos na liderança. Com apóstolos na liderança, o aborto não teria vez. O homossexualismo não teria vez. Escravidão educacional estatal para as crianças não teria vez. Esposas obrigadas a trabalhar fora por pressões de pérfidas políticas socialistas anti-família não teria vez.
Mas, em vez de uma real transferência do modelo apostólico para a esfera secular, o que vemos é o contrário. O modelo socialista, que expulsa as esposas e as crianças do lar para encaixá-las em metas socialistas, está dominando as igrejas. Mas o sistema apostólico não está dominando no mundo.
O modelo secular da tão chamada redistribuição de bens, supostamente baseado na igreja dos apóstolos, não respeita a autoridade apostólica, não respeita as famílias, não respeita os bebês em gestação, etc.
Enquanto o modelo apostólico era baseado no amor e na submissão dos membros à autoridade apostólica, o sistema socialista não envolve amor, compaixão e livre arbítrio, mas apenas uma suposta e forçada “compaixão” que invariavelmente termina em injustiças, ódio e assassinatos.

A teocracia socialista tem base na Bíblia?

O sistema socialista, com seus adeptos nominalmente cristãos que lhe emprestam um alicerce fraudulentamente baseado na primeira igreja apostólica, é nada mais do que uma teocracia pervertida, onde o deus central é o Estado humanista como supremo provedor de todas as necessidades humanas.
Essa teocracia é o maior desafio para os homens desta geração que querem, como Elias, servir a Deus numa sociedade onde todos, até mesmo muitos que usam o nome de Deus, estão prostrados diante do moderno Baal estatal, que impõe aborto e homossexualismo.
A compaixão do socialismo rouba das pessoas, fortalece um Estado tirânico e traz revoluções sangrentas (aborto, sexo livre e desenfreado, abusos sexuais em massa de crianças, infanticídio, abolição da família, abolição do papel da esposa, abolição da autoridade dos pais nas decisões de educação e saúde dos filhos, etc.), forçando todos os cidadãos a entregar seus recursos sob a alegação de que o Estado precisa para ajudar os pobres.
A compaixão de Deus não rouba de ninguém, não tem nada a ver com o Estado e fortalece as famílias, o papel da esposa dentro do lar, o papel do marido e pai, levando todos a contribuir, voluntariamente, para ajudar os pobres.
A teocracia socialista, que se veste de Estado laico, não tem compaixão nenhuma das famílias e seus valores, e muito menos dos cristãos e seus valores.
A teocracia socialista é fruto do pai da mentira, que promete tudo e finge compaixão, mas acaba sempre roubando, matando e destruindo.

Misericórdia sem misericórdia?

Ao alegar que está imitando a igreja primitiva, os estatistas marxistas violam uma separação necessária entre Estado e igreja, impondo sobre a sociedade um modelo de “misericórdia” sem a mínima misericórdia, e dispensando a necessidade indispensável de liderança apostólica cheia do Espírito Santo na administração da misericórdia.
Misericórdia e caridade forçadas não fazem parte de Deus e suas instruções na Bíblia, mas são partes integrantes de todo sistema socialista. Quer queiram ou não, todos são obrigados a pagar impostos mais elevados para sustentar as políticas socialistas supostamente de “misericórdia e caridade”. No plano de Deus, a misericórdia e a caridade dependem exclusivamente do livre arbítrio do cidadão, que é livre para contribuir, pois Deus não o obriga nem lhe cobra impostos para uma misericórdia e caridade forçada. Deus não tem esse nível de tirania.
Quando substitui as funções de misericórdia de Deus, da família e da igreja, o Estado marxista comete um erro fatal — contra o povo, é claro. Não é a toa que o comunismo — que alegadamente quer tudo em comum para todos — tenha assassinado mais de 100 milhões de homens, mulheres e crianças.
O modelo da igreja primitiva, que jamais foi seguido pelo apóstolo Paulo, era livre. Não era estatal. Não era ideológico. Não era imposto pela força da lei a todas as igrejas, muito menos a toda a sociedade. As igrejas hoje que quiserem segui-lo, são livres. Mas o Estado não pode impô-lo, nem tê-lo sem estabelecer primeiramente na liderança governamental a devida autoridade apostólica cheia do Espírito Santo.
O modelo apostólico não envolvia nenhuma ideologia feminista. Não envolvia aborto. Não envolvia homossexualismo. Aliás, o assistencialismo da igreja primitiva não era liderado diretamente pelos apóstolos.
Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”. (Atos 6:2-4 NVI)
Tentar transferir para o Estado um modelo criado exclusivamente para determinada igreja beira à heresia.
Portanto, a teocracia socialista tem de sofrer resistência de todos os cristãos genuínos, que deveriam apoiar para o Estado o dever de seguir apenas modelos de governo que não interfiram na esfera da igreja e das famílias.

O Estado é a igreja?

O Estado não deveria impor sobre a sociedade a conversão forçada dos cidadãos ao Cristianismo. E o que os “cristãos” marxistas querem é muito parecido: eles querem que o Estado force sobre a sociedade as decisões particulares dos apóstolos que visavam exclusivamente a uma igreja determinada, não a todas as igrejas e muito menos à sociedade secular.
Entretanto, o mais importante é que o Estado que esses pseudo-cristãos querem não é a imagem da igreja primitiva, por mais que aleguem ao contrário. Esse Estado é a imagem das ideias de Platão, das ideias de Marx, das ideias de Stalin.
O modelo apostólico era voltado exclusivamente para a igreja, só aceitando ajudar os mais pobres — que na época eram as viúvas — que tivessem um currículo de bom testemunho (confira 1 Timóteo 5:3-16). Viúvas desamparadas e outros pobres não cristãos não faziam parte da assistência material apostólica. As viúvas cristãs desamparadas precisavam preencher certos requisitos antes de serem aprovadas para receber ajuda, pois os apóstolos eram muito criteriosos e seletivos. Dentro das igrejas apostólicas, o simples rótulo de cristão não garantia assistência material para as viúvas.

Deus aprova roubar em nome dos pobres?

O que os cristãos marxistas fazem é apoiar sistemas de governos que, a pretexto de ajudar os pobres, roubam, mediante políticas injustas de impostos, o dinheiro dos cidadãos que trabalham.
Os apóstolos não roubavam nem nunca recorreram ao Estado ou ao estabelecimento de leis estatais para tirar os bens das pessoas.
Portanto, usar o modelo apostólico de administração de igreja para sustentar um sistema de governo que rouba em nome da compaixão é uma perversão da missão da igreja e da missão do Estado.
A missão da igreja — que são os cristãos lavados pelo Sangue de Jesus e comprometidos com Ele — é pregar o Evangelho a todos e dar assistência material aos pobres exclusivamente conforme o critério apostólico.
A missão do Estado é não interferir nem substituir a igreja nessas importantes funções.
A missão do Estado é exclusivamente manter a ordem social e punir os criminosos, preservando assim um ambiente social pacífico em que a sociedade e a igreja possam desempenhar tranquilamente suas funções.
Eu não sei bem como seria uma sociedade administrada pelos apóstolos. Mas não seria uma sociedade com aborto e homossexualismo. Enquanto “cristãos” da teologia marxista se mobilizam por qualquer político que tenha como propaganda “ajudar os pobres”, os apóstolos seriam, como sempre, criteriosos e seletivos. Eles não cometeriam o erro tão comum dos “cristãos” marxistas de entregar populações inteiras a governantes que, em nome de uma compaixão pelos pobres, impõem a tirania marxista, com muito derramamento de sangue, ou por revoluções ou pelo aborto.

Teocracia socialista no Antigo ou Novo Testamento?

Os juízos e cobranças de Deus contra o Estado de Israel no Antigo Testamento são abundantemente usados pelos adeptos da teologia da missão integral como prova de que Deus quer um Estado comprometido com sua visão socialista. Mas há problemas sérios nessa interpretação. O Israel do Antigo Testamento era teocrático e misturava e encarnava funções de Estado e Igreja. Somente um Estado teocrático pode fazer essa mistura.
Contudo, no Novo Testamento, o Apóstolo Paulo essencialmente “desteocratizou” o Estado, reconhecendo-lhe apenas, conforme desígnio de Deus, a responsabilidade de castigar os maus e elogiar os bons. Às igrejas fica a responsabilidade de mostrar a compaixão e amor de Deus à sociedade, inclusive atuando como consciência moral e profética do Estado, nunca o usando para impor, em nome de uma misericórdia ou caridade forçada, sobre a sociedade ideologias estranhas ao Evangelho. Às igrejas também fica, conforme os rigorosos critérios apostólicos já estabelecidos, a responsabilidade de dar ajuda material aos pobres dentro da igreja.
A teocracia socialista, com toda a sua pregação de compaixão pelos pobres, sua obsessão pelo aborto e homossexualismo e roubo e controle sistemático dos cidadãos através de iníquas políticas de impostos, não espelha o modelo de administração que havia na igreja dos 12 apóstolos. Não espelha também o coração de Deus, que quer que todo ato de ajuda aos pobres, na igreja ou na sociedade, seja feito voluntariamente por amor, não por força, violência ou impostos.
Nem o Estado tem direito de tirar das pessoas o livre arbítrio de decidir livremente o que fazer com o que ganham com seu trabalho. Afinal, por mais que Deus ame os pobres, um dos Dez Mandamentos não é sobre ajudar os pobres, mas uma proibição categórica de não se roubar. Uma proibição que vale tanto para uma pessoa quanto para o Estado.
E o primeiro mandamento não é “adorar o Estado acima de todas as coisas”. É adorar a Deus acima de todas as coisas. Só isso já é suficiente para mostrar que a pregação dos “cristãos” progressistas não tem nada a ver com a pregação dos 12 apóstolos e de Paulo.
Só isso já basta para tornar completamente desnecessário, ilegal e criminoso todo sistema de governo baseado na teocracia socialista, que coloca o Estado como supremo deus “compassivo” e provedor de tudo acima do único e verdadeiro Deus compassivo e provedor de tudo.

Fonte: www.juliosevero.com

sexta-feira, novembro 19, 2010

A Vida sob a ótica de Dietrich Bonhoeffer

A vida é uma oportunidade, aproveite-a…
A vida é beleza, admire-a…
A vida é felicidade, deguste-a…
A vida é um sonho, torne-o realidade…
A vida é um desafio, enfrente-o…
A vida é um dever, cumpra-o…
A vida é um jogo, jogue-o…
A vida é preciosa, cuide dela…
A vida é uma riqueza, conserve-a…
A vida é amor, goze-o…
A vida é um mistério, descubra-o…
A vida é promessa, cumpra-a…
A vida é tristeza, supere-a…
A vida é um hino, cante-o…
A vida é uma luta, aceite-a…
A vida é aventura, arrisque-a…
A vida é alegria, mereça-a…
A vida é vida, defenda-a…

Dietrich Bonhoeffer

quarta-feira, junho 16, 2010

A cruz

Por Fagundes Varela



Estrelas

Singelas,

Luzeiros

Fagueiros,

Esplêndidos orbes, que o mundo aclarais!

Desertos e mares, - florestas vivazes!

Montanhas audazes que o céu topetais!

Abismos

Profundos!

Cavernas

E t e r nas!

Extensos,

Imensos

Espaços

A z u i s!

Altares e tronos,

Humildes e sábios, soberbos e grandes!

Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!

Só ela nos mostra da glória o caminho,

Só ela nos fala das leis de - Jesus!

quarta-feira, junho 09, 2010

"Quem sou?"

Quem sou?
Frequentemente me dizem que
saí do confinamento de minha cela
tranquilo, alegre e firme
como um senhor de sua mansão de campo.

Quem sou?
Frequentemente me dizem
que costumo falar com os guardiões da prisão confiada,
livre e claramente,como se eu desse as ordens.

Quem sou?
Também me dizem
que superei os dias de infortúnio
orgulhosa e amavelmente, sorrindo,
como quem está habituado a triunfar.

Sou, na verdade, tudo o que os demais dizem de mim?
Ou sou somente o que eu sei de mim mesmo?
Inquieto, ansioso e enfermo,como uma ave enjaulada,
pugnado por respirar, como se me afogasse,
sedento de cores, flores, canto de pássaros,
faminto de palavras bondosas, de amabilidade,
com a expectativa de grandes feitos,
temendo, impotente, pela sorte de amigos distantes,
cansado e vazio de orar, de pensar, de fazer,
exausto e disposto a dizer adeus a tudo.

Quem sou? Esse ou aquele?
Um agora e outro depois?
Ou ambos de uma vez?
Hipócrita perante os demais
e, diante de mim mesmo, um débil acabado?
Ou há, dentro de mim,algo como um exército derrotado
que foge desordenadamente da vitória já alcancada?

Quem sou?
Escarnecem de mim essas solitárias perguntas minhas;
seja o que for,
Tu o sabes, ó Deus: sou Teu!


Dietrich Bonhoeffer



Morte

"Pois vem, festa máxima no caminho para a eterna liberdade;
Morte, destrói as fatigantes correntes e muralhas
do nosso corpo passageiro e da nossa alma cega,
para que finalmente vislumbremos o que nos é negado ver aqui.
Liberdade, procuramos-te longamente em disciplina, ação e sofrimento.
Morrendo, te reconhecemos e contemplamos agora, na face de Deus".

Do poema "Estações no Caminho para a Liberdade"

Dietrich Bonhoeffer

domingo, maio 30, 2010

Vale a Pena Viver

Interpretação: Victorino Silva
Composição: Edson Coelho

Há pessoas que vivem num canto,
em mil desencantos somente a chorar
Há pessoas que são infelizes,
Vivendo em mil crises na rua e no lar
Outras há, que são desiludidas,
Cansadas da vida só fazem sofrer
É preciso pensarem direito, mudarem conceitos
Só assim vão saber

Que vale a pena viver! Vale a pena viver!
Se Deus está contigo, Ele é teu amigo
Vale a pena viver!

Há pessoas quais as folhas sem vida, cortadas,
Caídas de um galho qualquer
São quais nuvens que o vento carrega,
Numa viagem cega, vazia, sem fé.
Outras há que não crêem em nada,
Só vivem cansadas e sem direção
Prisioneiras do vício e do tédio,
Sofrem com o remédio ao alcance de suas mãos
Mas ecoa uma voz doce e boa, sobre cada pessoa
Chamando assim:
- Vinde a mim, cansados e oprimidos,
Que se encontram perdidos
Diz a voz: - Vinde a mim!
Essa voz é a voz de Jesus, que sofreu lá na cruz
Para nos perdoar
É o caminho, é a verdade e a vida
Ele é quem te convida
Ele quer te salvar.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

...

“Deus o ama como você é, mas se recusa a deixa-lo como está. Ele quer que você seja simplesmente como Jesus.“ (Max Lucado)


Autoajuda: "Você é vencedor". Ajuda do Alto: "Cristo é vencedor". E nEle somos mais que vencedores! Mas não porque nascemos vencedores!


"Quanto ao mais, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai". Fil 4:8

"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo"; I João 2.1

"Qdo estamos entregues a Deus, descobrimos que Ele nos fala através de pensamentos e sentimentos q estão em nós, mas não nasceram em nós".

"A nova cruz diz: Venha e receba! A velha cruz diz: Venha e dê!"

"Aquilo que é perfeito em Cristo, se torna progressivo em nós".
"Eu creio, por isso continuo".

"Morreu Deus... por aqueles cujos corações estavam mais sujos do que as mãos".